No mês de maio, os servidores públicos estaduais da educação permaneceram em greve por melhores condições salariais e de infra-estrutura escolar; apesar de a greve permanecer em boa parte das escolas do nosso estado, no BCA a equipe de professores decidiu retornar às aulas. Os fatores são diversos, senão vejamos:
01. Condições das estradas que dão acesso à Aturiaí_ Em alguns casos, alguns ônibus escolares têm tido grande dificuldade para o transporte de estudantes diariamente para a escola, pois o 'atoleiro' é grande; em localidades como Nova Olinda, por exemplo, há a informação de que as aulas estariam suspensas até o mês de agosto, por causa da inviabilidade do transporte escolar neste período; se por exemplo, o BCA precisar parar pelo mesmo motivo, e caso não haja verbas para a reforma de pontes e estradas, o risco de paralizarmos ainda no mês de agosto continua iminente, fator este que prejudicaria sobremaneira o ano letivo.
02. Boa parte da equipe de professores do BCA não possui filiação partidária, e por isso, não tem a 'tarefa' de proteger politicos ou governos. Entretanto, sabemos que algumas medidas têm sido tomadas para tentar melhorar a qualidade de ensino publico estadual, ainda que estas medidas estejam aquém de nossas necessidades, que já sabemos, serem historicamente constituídas.
03. Entendemos que o SINTEPP tem a tarefa de representar a categoria dos servidores públicos em educação, entretanto, entendemos também que outros tipos de recursos poderiam ser utilizados antes do inicio do movimento de greve, como o acionamento do Ministério Público ou da Justiça do Trabalho. Infelizmente, a greve, que deveria ser o ultimo recurso a ser utilizado, acaba se tornando regra.
04. Nós, professores do BCA concordamos com a greve, pois achamos também uma luta justa, entretanto, também temos a obrigação de olhar com sinceridade para a educação de nossos estudantes do interior, pois estes possuem uma realidade diferenciada da dos demais estudantes.
05. Uma sugestão seria a adoção de um sistema de rodízio em sala de aula entre professores, de forma que as aulas não funcionassem perfeitamente, mas que por outro lado, os estudantes não ficassem tão prejudicados com a paralização das aulas durante o ano letivo.
06. Acreditamos que o movimento certamente encontrará uma maneira de chegar a um acordo aceitável junto ao governo, o que estamos fazendo no BCA é uma exceção, pois a paralização também no mês de junho certamente comprometeria muito o conteúdo do ano escolar de 2009. Pedimos a compreensão de todos, no sentido de que é preciso olhar com mais amplitude todas essas questões, e não se limitar apenas a 'olhar para o próprio lado'.
Desde já, agrademos a atenção,
Equipe de professores do Benedito Cardoso de Athayde.
